terça-feira, 15 de julho de 2008

Candidaturas : as responsabilidades

Com as eleições para a Ordem marcadas, muito mais que a escolha deste ou daquele é útil equacionar o que está em causa.

Pela segunda vez, a primeira foi depois da saída do Prof. Tito Fernandes, vamos a votos em eleições intercalares, só que desta vez por pouco mais de um ano e com a Classe dividida, ao contrário da primeira em que a saída do Bastonário foi provocada por ele próprio, mas os veterinários não estavam divididos, nem a Ordem bloqueada.

Agora ao contrário do que sucedeu há anos, a responsabilidade das partes desavindas são grandes e provavelmente diferentes, pelo que o seu papel e iniciativa pode significar ou não um inicio de solução para a crise em que nos encontramos.

Quem contestou primeiro o processo eleitoral, não aceitou depois o resultado das eleições, continuou por isso a opor-se em tudo o que eram iniciativas dos eleitos para o CD e o CPD, até a obtenção do desejado acto em que pudessem participar, tem particular responsabilidade de se apresentar a votos.

Os que ficaram arrostaram com as consequências, justamente porque entenderam que se tinham sido eleitos, tinham legitimidade para agir, depois viram-se confrontados com a destituição a que se opuseram e agora estão perante o facto consumado de que as eleições que os colocaram à frente da Ordem,já foram!

Aos primeiros exige-se que apresentem uma solução que buscaram durante um ano e meio, aos segundos compreende-se a desilusão num caminho que não teve o apoio dos que neles votaram.

Reflectindo, estamos num período de transição, perante a marcada necessidade de que o jogo dos votos e das regras que impõe, entre outras coisas, a normalidade de uma instituição como a Ordem, seja jogado na totalidade das suas implicações.

Não creio que possa ser útil o aparecimento de uma lista dita "apaziguadora" ou de "consenso", o que equivaleria apostar-se num lista única!

Se para o CD os votos decidem quem são os escolhidos já para o CPD, como dizem os Estatutos, será proporcional aos votos nos diferentes concorrentes, o que implica um especial equilíbrio

Mal da Ordem onde houve três candidaturas na última consulta, se agora aparecesse uma única lista!

Onde ficava o debate sobre as diversas soluções para os problemas? a tão proclamada necessidade de ALTERNÂNCIA?