Depois de duas dezenas de anos temos andado com a casa às costas da Victor Cordon passando pela Gomes Freire, agora na Filipe Folque e aspirando alguns à mudança para a Fernão Mendes Pinto.
Não se pode dizer que se esteve parado, porém será interessante reflectir na razão de tantas mudanças, para já em média cada sete anos, sendo que a mais longa estada, por uma dúzia de anos, foi na primitiva.
A dificuldade que houve de conjugar as necessidades com as posses foi determinante, nalgumas situações, noutras aconteceu como sabemos a abdicação de memórias e de condições.
A intenção da actual direcção em querer dotar a Ordem de requisitos necessários ao que aí vem e também pela posse de instalações próprias, parece ser um desiderato compreensível.
Interrogamo-nos todos sobre as condições de aquisição, a localização, sempre discutível, a perenidade da solução e a oportunidade da mesma.
Tudo bem pensado, não se vá dar o passo maior que a perna, nem ficar a manta curta e, entre dúvidas e reflexões, subsiste o dilema de um compromisso que ultrapassará em muito o mandato dos actuais dirigentes da Ordem e por isso mesmo, em boa hora deliberaram que, a Assembleia Geral seja o órgão adequado para que os médicos veterinários se pronunciem.
É necessário serenidade e assertividade para não aparecerem as cassandras habituais profetizando as desgraças, nem os euforias optimistas que tudo facilitam.
Também é altura para se reflectir no que foi sucessivamente sucedendo à Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias e as bolandas em que a Ordem tem andado nos últimos anos!
Inteligência é o que se vai pedir a todos, para que a Classe decida de acordo com os seus exclusivos interesses e com Dignidade