quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ordem Low Cost

A assembleia geral da Ordem trouxe de volta o tristonho espetáculo de uma Bastonária que não conhece os estatutos e não sabe explicar os critérios utilizados, de um tesoureiro que não sabe explicitar as contas e de um presidente da mesa que continua a não saber presidir.

Não fosse a repetição já tão comum deste cenário para os presentes( vintena e picos) , que levava um assistente, recentemente chegado ao SANA Metropolitan Hote - sala Madrid, imaginar estar em presença de uma reunião sem qualquer sentido!

Explique-mo-nos!

Vários Colegas que levantaram dúvidas em multiplos aspectos, apesar do pouco tempo disponível para consultar tanto as contas, como o relatório. Uma análise mais cuidada dos mesmos suscitaria certamente muitos outros pedidos de esclarecimento.

Fantástico também o relatório do C Fiscal, que pedia a aprovação das contas com louvor ao C D, quando este não foi capaz de trocar por miúdos vários dos seus aspectos financeiros e contabilísticos !!!

Mas acrescentava que a recuperação financeira da Ordem podia considerar a hipótese de aplicações financeiras (192 321,03€)!

Aplicações Financeiras!!!

Então o C Fiscal não se apercebe, por exemplo, que a Ordem paga 4600 € de renda mensal ( quotas de 370 Colegas/ano) e que a aquisição de instalações próprias podia mostrar-se mais vantajosa, até em termos patrimoniais?!

Na Ordem, o essencial são os resultados líquidos dos exercícios e que esses devem ser canalizados para aplicações financeiras!!!

A Ordem não é uma entidade com fins lucrativos, tem, isso sim, atribuições de informação, disponibilização de recursos , representatividade e dignificação dos seus membros.

Com esta falaciosa filosofia das aplicações financeiras esquece-se o papel da Ordem e a razão de ser do pagamento das quotas!!!

É o principio do low cost, aplicado à gestão de uma associação de direito público!
A qualidade pouco interessa, o que importa é ser barato!!!!!!!

Numa altura de grandes obstáculos e desafios para os seus membros, os interesses da Classe impõem uma intervenção exigente, imaginativa e coerente e não aplicações financeiras para viabilizar uma gestão low cost que prejudicará todos os médicos vetetrinários!