segunda-feira, 29 de julho de 2013

A razão de ser das coisas!

Conhecer as voltas que a vida dá tem a vantagem de ajudar a colocar em perspectiva as coisas e explicar a sua natureza.

Uma das mais históricas instituições veterinárias do país perfaz este ano um século de existência.

Contudo, o LNIV( Laboratório Nacional de Investigação Veterinária) que  deixou há muito de ter a autonomia e recursos que tanto prestigio trouxeram à medicina veterinária portuguesa está diluído e quase envergonhado no assinalar da data no site do INIAV!

100 anos, são 100 anos e não se apagam ou se esquecem por mais organizações e reorganizações que o Estado faça.

Os actuais funcionários e antigos têm disso consciência e não esqueceram a verdadeira história e  o significado que tal comemoração tem, por isso consagraram em memória virtual as vivências e referências que remanescem apesar de tudo.




Também há dias foi noticia o risco que corre a Coudelaria de Alter por decisão governamental em encerrar a Fundação Alter Real e, para além das memórias que resultam da sua fundação datada de 1748, parece que o efectivo equino lusitano poderá vir a ser deslocado para a Companhia das Lezírias.

É tudo uma resultante da crise!?!  

Será mesmo?

Real e estranhamente parece haver uma diminuição na imagem pública das actividades costumeiramente ligadas à Classe, enquanto se multiplicam outras estruturas em número desproporcionado para as necessidades do país. 

Porque será?!







sexta-feira, 28 de junho de 2013

Concorrência nas saídas profissionais!

Ainda há dias todo o país foi confrontado com o conflito entre o Ministério da Educação e os Professores!

Na perspectiva dos alunos estavam em causa as avaliações anuais e os exames, entre eles os de acesso às áreas profissionalizantes. Certamente para todos os candidatos à obtenção de formação, sobretudo que permita a entrada no mercado de trabalho, é prioridade mais relevante.

Partindo da hipótese que a procura da satisfação de um desejo para a vida( actividade profissional que seja bastante para o preenchimento pessoal e para a obtenção da remuneração adequada), são  objectivos mais comuns.

Ao escolher, por exemplo, a medicina veterinária e dependendo do local deparam-se opções no ensino público e no privado, ao todo sete!!!( cinco estabelecimentos públicos e dois privados) que oferecem no seu conjunto 438 vagas!!!
Dessas perto de 44% em Lisboa,  32% no Porto e Vila Real e dos restantes 24% em Coimbra, Évora  e Açores.

Sim, mas há já 5000 membros inscritos na Ordem. Afinal o que fazem os veterinários?

Há porventura outras profissões afins?

 Há quem fale de enfermagem veterinária. Também aparecem seis instituições ,( 5 são Institutos Politécnicos já a funcionar e este ano começa a Escola do Serviço de Saúde Militar) num total de 184 vagas!!!

Mas há mais outras actividades que também se ocupam das mesmas matérias que os médicos veterinários:
 produção animal, eng zootécnica, eng alimentar, eng agro pecuária, tecnologia alimentar, agricultura biológica, biotecnologia, e até restauração

...e por aqui há 653 vagas.

Se juntar tudo perfazem 1 2 7 5  vagas!!!!

Só duas instituições privadas Vasco da Gama e Lusófona com 125 vagas para médico veterinário e a última mais 20 vagas Engenharia Alimentar, as outras são todas do ensino público politécnico ou universitário.

Estas profissões valem todas a mesma coisa?
Quem as controla?
Que saídas reais existem de facto? 

Não há forma de saber se são necessários tantos curso e tantas vagas?

Falam da crise...mas qual crise?!?!


PS: Será que a Ordem não pretende tratar do acto médico veterinário?

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Até quando?!

Crise é a palavra mais ouvida e até vivida dos últimos tempos.

No dia a dia, com particularidades específicas, sente-se o impacto das medidas que têm sido tomadas/impostas, nos mais diversos aspectos!

Fala-se na necessidade de austeridade( conter custos), refundar o Estado, etc, etc.

Dizem que se gastou acima das possibilidades, todos, desde cada um até ao Estado, em que houve gastos desregrados e por aí diante!

Soube-se há dias, que o reflexo imediato sobre o desenvolvimento do ensino  correspondeu do ponto de vista dos orçamental a uma redução nos dois últimos anos de DOIS MIL MILHÕES DE EUROS!

Também ao nível do ensino superior os números indicam que há menos SETE MIL ALUNOS que há 5 anos!

Recentemente estão na ordem do dia as dificuldades no pagamento das propinas e na própria manutenção de condições dignas dos estudantes!

Porventura perguntar-se-á o que no domínio da medicina veterinária sucedeu?

NADA!

 Não há estabelecimentos públicos em excesso, nem tão pouco, âmbitos de actividade com problemas, desde a Inspecção sanitária, Municipais, serviços, na produção, passando pela clínica e indústria).

Os veterinários são uma Classe que obtêm pleno emprego e com remunerações compensadoras! Não há imigração, nem desemprego tanto quanto noutras profissões, nem tão pouco remunerações indignas!

Tudo vai bem pelo reino...

Quantos veterinários somos?

Quantos são necessários ao país?

Quantos estão a ser remunerados condignamente?

Para a Classe a crise está a passar ao lado?

É que afinal pertencemos a uma:

profissão liberalprofissão intelectual cuja remuneração deve estar isenta de qualquer especulação.

Ao menos haja a decência de pensar(bem)não só na actualidade, mas acima de tudo no futuro da Classe !