Jogo de sombras?

 Já começa a entediar este tricô com que andam a entreter a Classe!
Com faltas (?!) de quem quer que seja(?) a debates relevantes!?

Naturalmente que se está para sair nova legislação que impõe alterações, nada mais fácil do que meter mãos à obra.

Ah, mas há (havia)(?) uma revisão dos estatutos que não foi avante !?!

É verdade ou não?! Porque é que não foi para a frente? Quem disse para não ir? Foi concretizada a tal revisão ou não?

Respostas muito fáceis .

Costuma haver actas das Assembleias Gerais da Ordem, por isso é simples procurar saber-se se existe alguma que em concreto nos mostre em que fase  está essa eventual revisão e qual a versão!

Se aparecer alguma acta, logo se vê se houve aprovação de algum texto, quando, qual e que mecanismos foram seguidos na Ordem para concretizar as decisões da AG!

Se tiver havido algumas razões para a deliberação da AG não avançar é preciso saber quais e se houver responsáveis, confrontar os mesmos com isso!

Não deve levar tanto tempo assim!

Enquanto tal, terá a mesa da AG de designar alguns Colegas com responsabilidades na Ordem e também os juristas , para mudar os actuais estatutos pondo-os conformes as alterações necessárias ao cumprimento da Lei da AR, aproveitando para isso coerentemente alterações (?) que já tenham sido aprovadas!

Tudo deve decorrer de forma rápida, para que se não caia na ilegalidade (não haver estatutos) e para se convocar uma A G da Ordem, com a proposta da nova versão, para a Classe se pronunciar!

Não venham dizer que não é possível e com a desculpa do prazo, não se cumprir o que são as regras dos estatutos!

Estamos à espera de quê? Entretidos com as eleições?

Claro que são importantíssimas, mas entretanto?

Em conclusão o assunto é muito importante e não pode titubear-se.

Só temos pouco mais de um mês!

 

À procura da solução!?

Tarde e a más horas foi marcada a data das eleições para a Ordem!

Apesar do estatuto definir quando se realizam, incumbe ao presidente da Assembleia Geral estabelecer o dia em que ocorrem.

Tarde porque há uma série de requisitos a cumprir, por exemplo, verificar se existem impedimentos de alguns Colegas para se candidatarem ou para virem a exercer o voto.

É muito original o anuncio da marcação das eleições  publicado  na pagina da Ordem a dez de Outubro, por a reunião que definiu a data ter acontecido a 26 de Setembro!!

O sufrágio tem sido anunciado pelo menos um a dois meses antes da entrega( em 31 de Outubro) das listas candidatas.

Porque não desta vez?!

Sabe-se que não é muito simples fazer a escolha das equipas tanto para os órgãos nacionais, como para os das delegações regionais, até porque desta vez alguns não podem ser reeleitos por impedimento estatutário.

Também a renovação dessas equipas, por esse motivo,  tem condicionantes nos conselhos regionais do norte e sul, pelo menos.
 Alguns dos membros não podem transitar para novo mandato em vários  órgãos. lembra-se que estes dois conselhos representam três quartos dos Colegas inscritos na Ordem, facto que prescreve grande exigência na escolha dos dirigentes.

Não se conhecendo exactamente a disponibilidade dos Colegas mais experientes, como consequência de um período de maiores dificuldades para a actividade profissional, não se encara com facilidade a rapidez necessária a essa escolha.

Ainda para mais depois dos desenvolvimentos que aconteceram nos últimos tempos e em que se tornaram evidentes dificuldades nas relações entre titulares de órgãos importantes da Ordem.

Seja de quem for a responsabilidade as iniciativas não foram desencadeadas em tempo adequado, o que não pressagia nada de bom.

A preparação desta importante e decisiva fase da vida da Ordem tinha de  merecer cuidado redobrado,  o que não aconteceu.

A menos que se esteja a desvalorizar as escolhas que devem ter lugar...

Entendam-se!

O Inspector-geral e o Diretor da DGVA têm versões diferentes sobre uma questão a que o nosso povo atribui grande importância – a segurança alimentar.

 Realmente com base num inquérito da SIC,  62% não confia nos alimentos que consome, ao contrário dos 38% que, pelo contrário, dizem confiar.

Este é um problema que toca de muito perto os veterinários por se integrarem nas tarefas que estão cometidas aos organismos e instituições privadas que lidam com bens alimentares.

Quem faz o quê e como? É uma conversa com já barbas!

Sabemos que esta questiúncula acesa é frequente, principalmente porque as responsabilidades do Estado para com os portuguêses, em primeira linha, e a União Europeia, em função da ligação directa com os tratados e mecanismos a que se obrigou, impõem a utilização de recursos importantes e nem sempre estão disponíveis, em tempos de crise, o que acarreta inificiências várias.

É experiência  acumulada( ou não), a motivação dos técnicos( ou a falta), a capacidade( ou não) das instituições oficiais, o (des)controlo das práticas, a fiscalização, a inspecção sanitária e claro os comezinhos recursos materiais efinanceiros

O Governo aprovou, em finais de Abril, uma taxa de segurança alimentar que recai sobre perto de 1800 grandes superfícies e que vale à volta dos 12 a 13 milhões de euros e que a associação das empresas de distribuição vai contestar judicialmente no país e na EU.  

Há muito que vigoram as taxas de inspecção sanitária e os encargos com as auditorias, as dezenas de empresas que actuam neste domínio da certificação e mesmo assim a grande maioria das pessoas não confia no sistema vigente.

Para tirar as dúvidas a ministra C. Cristas vem dizer que não há riscos de saúde pública!!!

O que pensam disto tudo os consumidores? acima de tudo numa altura de vacas magras, quando os “esquemas” mais elaborados se forjam e vêm  algumas autoridades dizer que já não fazem o que deviam fazer !!!

A Bastonária da nossa Ordem disse que importante é que alguém faça o controlo, mas as outras associações de Classe não dizem nada, enquanto os sindicatos da Função Pública dizem que falta é dinheiro!

Então não há maneira de se entenderem?

Os veterinários o que opinam?!

É tarde!

O Conselho do Sul veio anunciar a realização de um debate sobre as aquisições de que são alvo as Clínicas!

Entre os intervenientes aparecem o Vieira Lopes, Jorge Cid e um dentista.

O que se pretende com esta sessão debate?

Nos outros Conselhos  Regionais o problema da aquisição, por entidades financeiras, não se coloca?

Agora é que os representantes da APMVEAC, que já estiveram na Ordem, vêm falar sobre o que está a acontecer e, que era mais que esperado, bastava que se juntassem dois com mais dois.

Com o aumento em flecha dos clinicos de animais de companhia, o aparecimento frenético de clinicas, hospitais e consultórios, tornou-se uma consequência natural.

Também, é natural,  que acabaria por ser fácil prever  o aproveitamento por terceiros, embora com fórmulas diferentes de outras Classes,(como os médicos), das dificuldades criadas pela feroz concorrência e mais recentemente acentuadas pela crise.

Ora aí está, a consumar-se a lógica da reversão do médico veterinário proprietário, para a de empregado, como já estava a suceder, com os Colegas das OPP's e dos agrupamentos de suinos.

Desta maneira a actividade clinica deixou de ser exclusivamente da responsabilidade individual dos médicos veterinários, para ser transformada na prestação de serviços a entidade privada, com quem se estabelece um contrato!

Vão, certamente, colocar-se   problemas de comportamento profissional face ao que está previsto no Código Deontológico!

Como  vai a Ordem resguardar a ética de que é guardiã? 

Que mecanismos de apoio à independência dos clinicos assalariados?

É bom que também se pense no que nas farmácias já se faz com a administração de medicamentos, vacinas, etc, para se entender o que vai ser o serviço aos domicilios.

Este é uma questão de nível nacional e que deve necessáriamente envolver toda a Ordem

À volta da Alimentação!

A ministra titular(Conceição Cristas) do MAMAOT (Ministério da Agricultura), tem vindo a anunciar medidas sonantes para o sector agrícola, nos últimos dias.

A linha de crédito de 50 milhões de € anunciada a semana passada, dedicava nada mais, nada menos que 30 milhões para as "actividades da pecuária extensiva", seguiu-se anuncio, 2ª Feira, de outro apoio de 20milhões de € para os "produtores de animais"!

Enfim, dirão os descrentes que "as grandes dificuldades com que se debatem muitos agricultores e uma larga parte do sector agrícola, devido às consequências da situação de seca que o país está viver" são os motivos para acorrer à produção nacional.

O mais recente anuncio de uma taxa para a segurança alimentar também é novidade!

É interessante saber se em alguma destas medidas intervieram ou foram envolvidas as Associações de Classe dos médicos veterinários?!

Em face destas decisões de politica é importante que seja divulgado o nível de intervenção e/ou qual a posição que vão assumir nestes assuntos?

Falar em produção pecuária, higiene e segurança alimentar sem que a Ordem, Sindicato, Associações de Buiatria, de avícolas, de equídeos, de suinicultura, Inspectores Sanitários ou Municipais tenham comunicado a sua consulta é sintoma de que algo vai mal neste reino!

Os Conselhos Regionais intervieram ou contribuíram ou ouviram os Colegas?

A Srª Bastonária e outros dois membros do CD estiveram recentemente com o DGAV, o que a este respeito foi dito?

A Classe não pode, nem se coloca à margem dos interesses que os médicos veterinários conhecem como poucos, afinal qual é a sua participação neste contexto?

Sim, qual é a participação da Classe?

Nem tudo é mau!

No panorama da actividade pública dos veterinários há Colegas que a têm prestigiado!

Certamente que não são tão numerosos quanto desejamos, mas dá uma ideia junto da população, que estes profissionais são de uma grande utilidade para o país em inúmeras matérias.

Vem isto a propósito de um programa da SIC noticias Expresso da Meia Noite de 4 de Fevereiro, em que esteve presente um Colega Rui Costa, do Centro Champalimaud para o Desconhecido, que é investigador já galardoado e que de novo obteve financiamento comunitário para projecto que coordena na instituição de excelência.

A qualidade evidenciada e prestígio que tem obtido, comprovam uma mentalidade que é desejável ver repetida em outras áreas e sobretudo nos domínios em que a Classe intervêm.

Quão diferente é dos comportamentos que se manifestam de forma quantas vezes mesquinha, dos maus exemplos que capeiam na Classe!